Importância da WBS na elaboração de cronogramas para obras de construção de edifícios com pavimentos repetidos

1. EXEMPLO 1:
1.1. WBS UTILIZADA NO ORÇAMENTO
A WBS é elaborada para o orçamento, e posteriormente utilizada na elaboração do cronograma. No orçamento, a obra (projeto) tem as etapas (entregas do projeto) agrupadas (quebradas) por “grupos de serviços”.

1.2. ESTRUTURA DO ORÇAMENTO

1.3. ESTRUTURA DO CRONOGRAMA ELABORADO COM A WBS DO ORÇAMENTO
O CRONOGRAMA é elaborado com a WBS do orçamento, sem considerar o “fluxo do trabalho nas unidades de produção” (pavimentos iguais repetidos).

1.4. CONSIDERAÇÕES:
 Decorrente da “prática” de elaboração do orçamento (planejamento de custos) antes da elaboração do cronograma (planejamento de tempo);
 Frequentemente utilizado pelos “agentes financeiros” sob a denominação de “cronograma físicofinanceiro”.
Geralmente distribuem a duração total da “entrega e/ou pacote de trabalho” em períodos (meses), sendo expressos na forma percentual (%) ou em moeda (R$);
 Impossibilidade de visualização do “fluxo do trabalho” nas unidades de produção (pavimentos repetidos);
 Impossibilidade de elaboração do gráfico “Tempo x Caminho” (LOB) dificultando a análise e compreensão do “tempo de ciclo” e “tempo de atravessamento” das atividades (pacotes de trabalho);
 Dificuldade para “nivelamento” e otimização dos recursos de mão de obra responsáveis pela execução do trabalho das atividades, provocando desvios de custos;

2. EXEMPLO 2:
2.1. WBS ELABORADA PARA EDIFÍCIO COM PAVIMENTOS IGUAIS REPETIDOS
A WBS é elaborada para representar as etapas da obra (entregas do projeto) considerando o fluxo do trabalho (execução do escopo) nas unidades de produção (pavimentos iguais repetidos).

2.2. ESTRUTURA DO CRONOGRAMA PARA EDIFÍCIO COM PAVIMENTOS IGUAIS REPETIDOS
O CRONOGRAMA é elaborado com a WBS considerando o “fluxo do trabalho nas unidades de produção” (pavimentos iguais repetidos).

2.3. ESTRUTURA DO CRONOGRAMA COM FLUXO DO TRABALHO NOS PAVIMENTOS IGUAIS REPETIDOS

2.4. LINHA DE BALANÇO

2.5. CONSIDERAÇÕES:
 O cronograma é elaborado considerando a forma como o trabalho é executado nas unidades de produção (unidades de repetição), facilitando o controle das “entregas” do projeto;
 Facilita a visualização do “fluxo do trabalho” nas unidades de produção (pavimentos repetidos);
 Facilita a elaboração do gráfico “Tempo x Caminho” (LOB) permitindo a análise e compreensão do “tempo de ciclo” e “tempo de atravessamento” das atividades (pacotes de trabalho);
 Facilita o “nivelamento” e a otimização dos recursos de mão de obra responsáveis pela execução do trabalho das atividades, eliminando o “tempo em espera”, e possibilitando a redução de custos;

Luiz Augusto

Engenheiro civil pela Escola Politécnica de Pernambuco; pós-graduado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo – FGV; pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas do Rio de Janeiro – FGV; diretor-sócio da LCF – Empreendimentos e Participações Ltda.; com experiência profissional em Projetos de Construção Imobiliária.

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram

entre para nossa lista VIP e receba conteúdos com exclusividade

Veja mais

Análise Dinâmica das Estruturas: Vento (parte 01)

O recente terremoto que atingiu a Síria e a Turquia, causando um grande número de mortes, ganhou destaque em todo o mundo, incluindo o Brasil, especialmente entre os engenheiros. Eventos sísmicos como esse, despertam a atenção de profissionais que trabalham na área da engenharia estrutural, pois podem causar consequências graves para as edificações, além de perdas humanas e econômicas significativas. E no Brasil, será que haveria a necessidade de preocupação com terremotos ou ventos de alta velocidade? Antes de responder a essa pergunta, é importante explorar um pouco mais sobre o assunto. Nesse primeiro texto, será abordado a ação do Vento, sendo este uma das portas de entrada para a compreensão do comportamento dinâmico das estruturas. O Vento A disciplina que trata de ações que produzem vibrações nas estruturas é denominada de Análise Dinâmica. Geralmente, este assunto não está inserido na grade curricular dos cursos de Engenharia Civil, sendo abordado em programas de pós-graduação. Conceitos Básicos da Dinâmica das Estruturas de Edifícios Um problema de dinâmica estrutural difere de seu equivalente estático em dois importantes aspectos: o primeiro é a variação temporal, isto é, o carregamento e a resposta dinâmica variam com o tempo, o segundo trata-se do surgimento de forças inerciais, associadas às acelerações, forças de dissipação, usualmente associadas às velocidades.  As equações de movimento de um sistema podem ser obtidas utilizando o princípio de D’Alambert, que estabelece um equilíbrio dos esforços resistentes, de inércia, de amortecimento e do esforço externo aplicado para os graus de liberdade da estrutura. As equações diferencias do movimento são: Nota-se que a parcela estática ensinada na graduação em engenharia civil é; ku=F, sendo “F” as forças externas estáticas. Para resolver o sistema de equações diferenciais supramencionado emprega-se o modelo massa-mola, conforme a figura abaixo: que faz analogia ao sistema estrutural: A resolução dessa

Saiba Mais »

Técnica de injeção de fissuras

Em virtude da última postagem, recebi muitas mensagens pelo direct solicitando maiores explicações sobre a tecnologia de injeção de fissuras nas estruturas de concreto armado. Então, farei esta postagem pra explicar um pouco melhor.   A técnica consiste basicamente em se aplicar os bicos de injeção, ora em furos realizados com brocas de diâmetro específico, ora aderidos sobre a superfície do concreto, espaçados estrategicamente no caminho (path) da fissura; vedar a fissura ou quaisquer outros vazios que possam estar conectados com as fissuras na região entre bicos (ou próximos deles) com uma resina tixotrópica, geralmente a epoxídica; aplicar (injetar) nos bicos, uma resina mais fluida, ou até materiais inorgânicos; escolher uma direção de aplicação mais adequada ao material adotado e mais adequada em função do grau de preenchimento da fissura que se deseje. (a) (b) (c) Fig. 1 – Detalhe da sequência de atividades (a) realização dos furos; (b) aplicação dos bicos de perfuração; (c) colmatação das fissuras com resina tixotrópica   Existem duas situações gerais em que a injeção é adotada como forma de recuperação. A primeira ocorre quando é necessário colmatar uma fissura que esteja submetida a um fluxo de algum fluido, ou esteja na possibilidade de ocorrer (em muros de arrimo ou contenções em contato com água). Nessas situações, é mais indicado a utilização de selantes como material de injeção, as resinas acrílicas e poliuretânicas e/ou a resinas poliuretânicas hidro expansivas. Caso o fluxo seja atual e contínuo, primeiramente, injeta-se a resina hidro expansiva e depois o selante de poliuretano. Nessas situações as fissuras podem possuir causa ainda ativa, ou seja, fissuras cuja causa ainda não foi sanada. Na segunda situação, o objetivo é reestabelecer a monoliticidade do elemento estrutural, de modo que as transferência de carregamento ocorra normalmente e a rigidez do elemento estrutural seja reestabelecida.

Saiba Mais »

Arquitetos Importantes

Nascido em Sandrio, Italia no ano de 1891, Pies Luigi Nervi viveu sua infância entre paisagens cheias de geleira e caminhando entre picos nevados. Foi um jovem prodígio fascinado pela matemática e pelo cálculo convencional e isso deu seguimento a sua formação fazendo-o se inscrever para engenheiro civil na Bolonha. Uma vez concluída sua carreira, em 1913, o engenheiro se dedica a construção de fabricas e pontes de onde viajava constantemente entre Bolonha e Florença, acumulando experiências e conhecimentos. Os dias passaram entre suas viagens quando seus olhos foram abertos e toda a Itália encontrava-se sob a mudança no jeito de viver e sobreviver, estava se iniciando a Primeira Guerra Mundial. Ainda assim, essa infeliz situação não freou o trabalho de Nervi. Alistado no corpo de engenheiro, combateu de frente, onde sua engenhosidade e criatividade foram significativas para consertar pontes e construir caminhos essenciais em meio a Guerra. Dois anos depois de concluída a primeira Guerra mundial, fundou seu próprio escritório onde começou a ganhar fama e prestigio e teve seu primeiro grande feito, a construção do Cinema-Teatro Angus, uma sala onde se fez presente grandes produções cinematográficas de todo o mundo. Ao final do trabalho, ficou claro que os telhados seriam a sua marca registrada. A construção espetacular mostrava uma abertura para ficar no centro da obra onde um problema matemático complexo era resolvido. Em 1929, vence concurso de construção que lhe permitiu construir o estádio Municipal de Florença, também conhecido como Stadio Comunale Artemio Franchi. Ao concluir a obra, em 1932, as pessoas ficaram chocadas com a construção e com sua forma oval e assimétrica onde se destacava o teto tribuna. O convés se estendia para a frente, apoiando longas vigas de concreto em formas de X e que se escondiam entre as arquibancadas. Isso deixou um precedente

Saiba Mais »